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Artigo: “Saiba mais sobre a interoperabilidade e colaboração em projetos de engenharia”

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Introdução

Este artigo foi elaborado com base em uma de nossas lives com a Juliana Remor sobre Interoperabilidade e Colaboração. Você pode ver ou rever este conteúdo no nosso canal: BIM WORKS Brasil, no YouTube:

Imagine a seguinte situação: o processo de desenvolvimento de um projeto de uma edificação em pré-fabricados. 

Agora, pense na seguinte questão: Como um fluxo de trabalho BIM integra as diversas etapas do processo de engenharia com os demais projetos, reduzindo tarefas manuais, retrabalhos e otimizando o seu tempo? 

Para representar, encenamos situações hipotéticas, mas corriqueiras, de quem trabalhar com projetos de engenharia, com a participação dos seguintes personagens: 

Julio Calsinski (Proprietário): Um empresário bem-sucedido no ramo de móveis planejados, que vai abrir sua terceira loja. Ele teve uma experiência ruim durante a construção da sua segunda loja, e para evitar a experiência anterior, contatou uma empresa que trabalha em BIM, visando economizar tempo e dinheiro. 

Juliana Remor (BIM Manager): Atua como ponte entre o projetista, calculista, fornecedores e o cliente final. Ela utiliza o BIMPLUS que é um Ambiente Comum de Dados (CDE), para gestão e controle dos projetos multidisciplinares. Trata-se de uma plataforma Online, onde todos os colaboradores têm acesso e são capazes de controlar e acompanhar o acesso às informações. 

Rodrigo Costa (Calculista): Engenheiro com experiência em pré-fabricados, trabalha com o SCIA Engineer, software de cálculo que tem certificação Open BIM e que está preparado para o fluxo de trabalho BIM. 

Gustavo Peres (Projetista): Trabalha na parte de detalhamentos de armaduras em BIM, utiliza o Allplan que é um dos poucos softwares capazes de armar e detalhar qualquer estrutura dentro de um método de trabalho BIM, que está preparado para a comunicação entre o software e as máquinas de corte e dobra de aço.  

Desenvolvimento do projeto:

Todo projeto envolve uma grande quantidade de informações e detalhes, e o gerenciamento das disciplinas é um dos principais desafios que precisam ser planejados, para que as informações cheguem da forma correta aos integrantes. 

O BIMPLUS foi escolhido como o Ambiente Comum de Dados, onde é possível compartilhar, em tempo real, os modelos, documentações da obra e consequentes modificações. Nesta plataforma, cada envolvido possui determinada função e permissão, e o cliente consegue acompanhar todo o desenvolvimento do projeto. 

O modelo de análise foi feito no SCIA Engineer, baseado no sistema estrutural de pré-moldados. O software possui modelagem livre e a memória de cálculo (análise e dimensionamento) é extraída automaticamente em função do modelo mais atual.

Com o modelo arquitetônico e o pré-dimensionamento em mãos, o calculista resolve chamar os envolvidos para uma primeira reunião, com o objetivo de decidir se ele deve prosseguir para os dimensionamentos definitivos.

Eis que o cliente define a primeira modificação, uma redução de 50 cm no edifício para extensão do paisagismo. Por se tratar de uma etapa inicial, as modificações exigem pouco esforço e não são capazes de afetar o cronograma do projeto, quando bem gerenciadas. 

Quando a arquitetura e o dimensionamento estiverem bem definidos, o projetista deve iniciar a modelagem e detalhamentos do projeto executivo. Mesmo assim, ainda devem aparecer possíveis modificações, principalmente na etapa de compatibilização dos projetos.

Durante a etapa de compatibilização de projetos, a BIM Manager, encontrou uma interferência das vigas com a tubulação no modelo hidrossanitário. Ela atribuiu ao projetista a tarefa de resolver esse problema no seu modelo, com um prazo para solução.

Figura 1: Visualização do modelo de cálculo na interface do BIMPLUS

 Além das disciplinas específicas de projetos, o BIMPLUS também permite que os fornecedores e responsáveis pelos cronogramas busquem e insiram suas informações.

 O cliente solicitou a extração uma lista de compra, para orçar a aquisição do ferro cortado e dobrado. As listas de materiais podem ser obtidas assim que o modelo estiver pronto, mesmo sem que os detalhamentos tenham sido finalizados.

As listas trazem todas as informações que foram inseridas no modelo, áreas, volumes, pesos, especificações etc.

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Conclusão

Existem diversas modificações que podem ocorrer durante o projeto, a ideia é mostrar um pouquinho de cada detalhe em que o método de trabalho BIM pode ajudar.

Uma realidade no mundo dos projetos é que quem faz projeto está sempre atrasado, não é isso?

O proprietário quase sempre começa cobrando os desenhos, que fazem parte das últimas etapas. Mas, em um fluxo de trabalho BIM, ele consegue ver o modelo, compartilhar algumas ideias, prever algumas situações e fazer modificações em uma etapa bem inicial de projeto, quando ainda não se tem desenhos emitidos.

Os fornecedores também podem se beneficiar, ao entregarem orçamentos mais precisos, com mais antecedência, podem negociar melhores condições de entrega dentro dos prazos previstos. E em alguns casos, a sua experiência pode ser explorada, ainda na etapa de projeto, influenciando até mesmo a tomada de decisão, onde o custo do material/execução é crucial.

No início do projeto, as modificações, tem um impacto muito grande sobre melhorias do seu projeto e na execução, mas com custo pequeno, à medida que sua obra vai avançando existem menos oportunidades para fazer as alterações e se você fizer essas alterações elas vão ficando cada vez mais caras.

A forma tradicional, CAD, não permite que: algumas tomadas de decisão sejam realizadas no início do projeto, todos os participantes estejam sempre cientes do andamento e de todas as modificações, os orçamentos sejam realizados com precisão antes dos detalhamentos, ou os fornecedores possam ser inseridos logo no início do projeto etc.

Enquanto isso, no BIM, uma vez que uma informação foi incluída no seu modelo, em alguma etapa do seu projeto, ela estará  disponível para ser extraída a qualquer momento, por quem quiser e para qualquer propósito. Isso é fantástico!

Perguntas:

Entre várias pessoas empolgadas com a live selecionamos algumas perguntas:

1 – Filemon Júnior: “É possível indicar no modelo as alterações?”

– Gustavo: “É sim, na verdade dentro do BIMPLUS existe um aplicativo que quando você carrega dois modelos, onde um é uma revisão do outro, ele vai identificar o que que mudou de um modelo para o outro, então você não precisa indicar, o BIMPUS vai indicar pra você o que mudou.”

2 – Natalia: “Qual a diferença entre IFC e BCF?”

– Juliana Remor: “O  IFC é um modelo 3D com as informações que você retira para ter aquele modelo que você visualiza, eu diria que o IFC é como se fosse um PDF, só que em 3D para você visualizar, ele um modelo que você não pode modificar, mas que você vai usar para tirar informações para comparar com o outro.  O BCF é como um modelo de texto, eu brinco assim até que ele é WhatsApp do BIM, quando você vê o erro e manda uma foto para uma pessoa indicando onde tem que arrumar, esse seria o BCF, só que em vez de mandar por WhatsApp, onde as mensagens vão se perder, fica tudo catalogado na nuvem, e por ser um modelo aberto independente do software que você utiliza você é capaz de abrir na coordenada correta da indicação.”

Considerações finais

Juliana: “Convido a todos os interessados em ingressar no fluxo de trabalho BIM a participarem da Jornada do BIM HERO, para infraestrutura, que contará com profissionais especialistas em BIM. Será do dia 29 de agosto a 1 de setembro.”

https://inscricoes.jornadadobimhero.com.br/inscricoes-jornadadobimhero

Julio: “Convido todos, também, ao evento mundial BUILD THE FUTURE, que abordará a versão 2022 do ALLPLAN Engineering, BIMPLUS e ocorrerá nos dias 20 e 21 de outubro.” 

https://www.allplan.com/build-the-future/

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